quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Pires de Lima critica deslealdade política no governo

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Presidente do Conselho Nacional do CDS pede a Passos para demitir responsável pelas fugas de informação
António Pires de Lima criticou ontem as “fugas de informação selectivas” que têm saído do governo e que considera serem sinal de “deslealdade política”. O dirigente do CDS defendeu que o primeiro-ministro deve “demitir” quem passa informações reservadas que são depois divulgadas em jornais e na televisão.
Pires de Lima referiu na Antena 1 que essas fugas têm “consequências negativas para os temas que estão a ser debatidos” – caso do relatório do FMI ou do Orçamento do Estado. Sobretudo nas últimas semanas, Marques Mendes tem aproveitado o seu espaço de comentário político para tornar públicas matérias que são discutidas nos círculos restritos do governo. Muitas vezes, as informações chegam ao conhecimento do antigo presidente social-democrata antes ainda de, por exemplo, o CDS – parceiro de coligação – ter conhecimento das mesmas.
A divulgação de assuntos de governo levou mesmo o conselheiro nacional centrista a defender que, “perante o acumular de casos, é obrigação do senhor primeiro-ministro identificar o responsável” pelas fugas de informação e, “obviamente, demitir essa pessoa das funções que ocupa, para recuperarmos o estilo de comunicação directo e que inspire confiança entre o governo e os cidadãos”. Contactado pelo i, Luís Marques Mendes escusou-se a comentar as declarações de Pires de Lima. O antigo presidente do PSD limitou-se a dizer que “esse assunto não [lhe] diz nada”.
Pires de Lima afasta, porém, a ideia de que “uma tão rara, ineficaz e tola forma de comunicar com os portugueses temas tão importantes seja da iniciativa e vontade do senhor primeiro-ministro”. Mas para o dirigente, a fuga de “temas que deveriam ser confidenciais” – e que têm sido divulgados também em jornais, como no caso do relatório final do FMI – contamina a discussão de dossiês sensíveis para o governo (ver texto ao lado) e é “reveladora de uma deslealdade política grave”.
Notas do Papa Açordas:  Zangam-se as comadres... descobrem-se as verdades!... É deveras lamentável que o  primeiro-ministro informe primeiro Marques Mendes do que o seu parceiro de coligação...

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